Este artigo é a segunda parte do resumo do livro “Don’t speak English, Parlez Globish®”, de Jean-Paul Nerrière. Se você ainda não leu a primeira parte, recomendamos que você inicie a leitura por lá: O globish (global english) e suas vantagens. O globish não é apenas uma lista restrita de palavras em inglês. Em seu livro, Jean-Paul Nerrière, que possui uma grande experiência em comunicação internacional, explica os truques para se fazer compreender em todo o mundo (não apenas nos países anglófonos).
É preciso ter o sotaque perfeito de inglês?
Eu garanto a você que não é preciso ter um sotaque do tipo “Oxford” para se fazer compreender. O sotaque brasileiro não dificulta a compreensão.
Porém, mesmo que o sotaque brasileiro não cause interferência na comunicação, isso não significa que você deva deixar de lado o aperfeiçoamento da pronúncia. É importante aprender a boa pronúncia para facilitar a compreensão. A maneira como os britânicos pronunciam as palavras é mais fácil de aprender. Porém, se quisermos ser compreendidos em todos os lugares do mundo, temos de lembrar que o inglês americano é o mais usado.
Atenção: MosaLingua para Aprender Inglês possui registro sonoro, feito por anglófonos nativos, para cada palavra e frase, facilitando a aprendizagem correta da pronúncia.
Técnicas para se fazer compreender internacionalmente
Durante sua carreira, o autor do livro, o francês Jean-Paul Nerrière, assumiu posições de destaque em empresas internacionais, tendo sido vice-presidente da IBM Europa e, tempos mais tarde, da IBM EUA. Durante suas inúmeras reuniões, ele pôde aprimorar suas técnicas de comunicação, de modo a se fazer compreender pelo público internacional.
Suas técnicas são indispensáveis para quem trabalha no meio internacional, servindo também para quem viaja ao estrangeiro. Elas permitem que o indivíduo se exprima no mundo inteiro, sendo indispensável sua utilização nas comunicações internacionais com um público não anglófono.
Avalie seu auditório
O primeiro passo é adaptar sua fala ao nível de entendimento do público com menos conhecimento da língua. Se o seu objetivo é se fazer compreender, adapte-se. Você não gosta de ouvir um anglófono falando com rapidez ou rebuscamento exacerbado, só porque decidiu não se esforçar para ser compreendido, certo? Pois então lembre-se de que nem todas as pessoas que vão lhe ouvir têm o mesmo nível de inglês que você. Então adapte-se a seu público.
Deliberadamente, cometa alguns erros no início
Essa é minha técnica preferida (principalmente, porque não preciso me esforçar para executá-la ;). Isso ajuda a proporcionar confiança aos interlocutores não anglófonos, deixando a comunicação mais humana e removendo certos complexos relacionados à língua.
Além disso, ela oferece vantagens quando precisamos falar com anglófonos nativos. Quando cometemos alguns erros, enfatizamos o fato de que cabe a eles o dever e interesse de serem compreendidos. Isso faz com que eles realizem certo esforço para se comunicar de modo claro com você.
Não é usando firulas linguísticas que você vai ganhar respeito dos nativos da língua (até porque você nunca vai falar tão bem quanto eles). Ao cometer alguns desvios gramaticais, por exemplo, você força seus interlocutores nativos a falar de modo mais claro e lento, fazendo com que você obtenha o respeito e os esforços que merece.
Fale devagar
Isso parece evidente, mas nem sempre é algo fácil de fazer, principalmente quando já temos um bom nível de conhecimento da língua. É preciso fazer pausas, de modo a permitir que o interlocutor tenha tempo de digerir a informação. Essa é uma técnica usada pelos bons oradores, pois ajuda a destacar a importância do que está sendo dito.
Fazer frases curtas
Assim como no casso anterior, essa técnica facilita a compreensão do discurso.
Use vocabulário limitado e sinônimos
Isso mesmo. Quando o vocabulário é limitado a 1.500 palavras do globish, é preciso usar termos aproximados ou realizar circunlóquios para expressar o que você quer dizer.
Ex.: A palavra “siblings” não tem um equivalente exato em português. Podemos falar, então, “irmãos e irmãs”. Claro que isso torna a frase mais longa e menos bonita, mas, dessa forma, você utiliza palavras simples, que podem ser entendidas no mundo inteiro.
Repetir-se e reformular
Permita-se repetir palavras e frases, reformulando as falas importantes, de modo a se fazer melhor compreender.
Evite metáforas e expressões idiomáticas
Geralmente, elas não têm correspondentes em outras línguas.
Evite fazer humor
O humor é diferente em cada país. Se você fizer humor, duas coisas podem acontecer: a pessoa pode não lhe compreender ou, o que é pior, pode interpretar seu humor de modo negativo.
Use recursos visuais
Use bastante linguagem corporal. Grande parte das expressões corporais é universal e ajudam na compreensão. É possível se fazer compreender apenas com sinais. Além disso, não deixe também de usar esquemas, gráficos e imagens.
Elabore conclusões e resumos
Durante uma reunião de trabalho, essa técnica é muito eficaz. Ela garante que todos entendam o que você acabou de dizer (anglófonos ou não).
Utilize um vocabulário restrito
Estou reforçando aqui o que já comentei algumas linhas acima, pois é importante destacar que para se fazer compreender por indivíduos não anglófonos, que não possuem necessariamente um bom nível de inglês, é preciso tentar limitar seu vocabulário às 1.500 palavras do globish (veja artigo anterior). Por meio de palavras bem selecionadas, você pode conseguir se exprimir sem problemas e, mais que isso, você vai potencializar suas chances de se fazer compreender (tanto por anglófonos nativos quanto não nativos). Mas atenção: se você usar o globish no ambiente de trabalho, você também vai precisar utilizar vocabulário especializado da sua área de atuação.
E este é o fim da segunda parte do meu apanhado sobre o livro de Jean-Paul Nerrière “Don’t speak English, Parlez Globish®”.
Na terceira parte deste apanhado, vou falar sobre as maneiras de aprender o globish. Mas eu vou preparar, possivelmente, um artigo mais ambicioso: uma compilação de todos os conselhos de aprendizagem de uma língua estrangeira que consegui colher durante minhas leituras.
Atenção:
Como eu já disse em várias ocasiões, não aconselho ninguém a aprender somente a versão “light” da língua inglesa. Este artigo é apenas um resumo do livro sobre o globish, que permite a você se exprimir e se fazer compreender internacionalmente – em todos os países, não apenas nos países anglófonos. Para quem deseja ler literatura em língua inglesa ou viver num país cujo inglês é a língua oficial, por exemplo, 1.500 palavras não são suficientes.
Não deixe de conhecer o aplicativo MosaLingua para Aprender Inglês! Ele permite que você aprenda vocabulário rapidamente (incluindo palavras do globish e frases úteis, além de vocabulário especializado).
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